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Dr. André Toledo

PSIQUIATRA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

CRM-MG 34128

Estudos internacionais têm indicado que a prevalência geral dos transtornos mentais na população de crianças e adolescentes situa-se entre 10% e 15%. Além disso, várias pesquisas têm demonstrado que a presença de transtornos mentais na infância e na adolescência implica prejuízos importantes no funcionamento do indivíduo. Portanto, a demanda de crianças e adolescentes que necessitam de avaliação e intervenção de profissionais da área da saúde mental é enorme.

Entretanto, temos clara convicção de que crianças e adolescentes com transtornos mentais devem ser atendidos por psiquiatras com formação em psiquiatria da infância e adolescência.

Em primeiro lugar, a avaliação psiquiátrica de crianças e adolescentes apresenta características peculiares que a diferenciam claramente da avaliação de adultos. As forças do desenvolvimento ainda atuam intensamente nessas etapas do ciclo vital. Muitas vezes é complicado diferenciar as características normais de determinadas fases, em que sintomas de transtornos psiquiátricos bem estabelecidos na infância se desenvolvem. Consequentemente, para a avaliação de crianças e adolescentes é fundamental o conhecimento profundo do desenvolvimento normal nessas faixas etárias.

Outra peculiaridade da avaliação de crianças e adolescentes é que o desenvolvimento e, por consequência, as manifestações psicopatológicas nessa faixa etária estão fortemente influenciadas pelo meio. Assim, a avaliação de crianças e adolescentes exige um conhecimento da dinâmica e da psicopatologia familiar

Vários transtornos mentais são usualmente identificados primeiro na infância e na adolescência, como o transtorno autista e o transtorno de ansiedade de separação

Mesmo transtornos mentais, caracteristicamente evidenciados na idade adulta, muitas vezes têm apresentações clínicas diferentes em crianças e adolescentes, como é o caso dos transtornos depressivos, do transtorno obsessivo-compulsivo e do transtorno do humor bipolar.

Em geral, quanto mais cedo se busca por ajuda e tratamento, menores os prejuízos a longo prazo. Portanto, não se deve esperar a criança "crescer um pouco mais" antes de buscar um profissional especializado.

Exemplos de transtornos emocionais e comportamentais comuns na infância e na adolescência são:

  • Transtornos de ansiedade, incluindo transtorno ansiedade de separação e fobia específica;
  • Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade;
  • Transtorno específico de aprendizagem;
  • Transtornos da linguagem ou da fala;
  • Deficiências intelectuais;
  • Transtorno do espectro autista;
  • Transtorno de conduta;
  • Transtorno de oposição desafiante;
  • Alterações de comportamento em crianças vítimas de abuso ou negligência;
  • Transtorno de tique;
  • Transtornos alimentares;
  • Enurese;
  • Entre outros.

O Registro de Qualificação de Especialista (RQE) é um importante documento obtido ao se registrar o título de especialista no Conselho Regional de Medicina (CRM). O RQE só é fornecido aos médicos que concluem Residência Médica ou que foram aprovados na prova de título de especialista na especialidade. O Título de Especialista em Psiquiatria e Psiquiatria da Infância e adolescência é essencial para o exercício da especialidade, que qualifica e certifica os conhecimentos técnicos e científicos necessários, além de valorizar o exercício da profissão

Dessa forma, o psiquiatra da infância e adolescência tem sua formação voltada para o entendimento dos sintomas a partir da compreensão de todos os aspectos acima citados. Somente assim é possível diferenciar manifestações normais para a idade e o ambiente em que o jovem se encontra, de sintomas de transtornos mentais que se desenvolvem nessa população.

* Assumpção FB, Carvalho LN. Realidade do diagnóstico em psiquiatria infantil no Brasil. J Bras Psiquiat (no prelo).

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